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CRISE FINANCEIRA INTERNACIONAL

O impacto da crise financeira norte americana sobre a configuração da economia mundial foi o eixo do debate entre o economista, ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento e ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), Sérgio Arbulu Mendonça, e os alunos dos cursos de Ciências Econômicas, Ciências Contábeis e Administração.

Considerando-se que 30% de toda a riqueza anual produzida no mundo têm origem nos EUA, a recente crise do setor imobiliário naquele país desmontou um período de crescimento de cerca de 25 anos colocando o planeta diante de dois dilemas: a inflação dos alimentos e a crise de energia e ambiental. O elevado consumo do petróleo, fruto do crescimento internacional,  rebateu na cadeia de preços, incluindo os alimentos.

Segundo Mendonça o momento é muito difícil devido à hegemonia de um país que está em crise e, diante dos desafios que nos são apresentados – a inclusão das pessoas e a manutenção da qualidade de vida para o conjunto de habitantes do planeta – o Brasil aparece numa trajetória favorável. Nossa capacidade de produzir energia - com o descobrimento de novas jazidas de petróleo e o biocombustível – e de aumentar a produção de alimentos, coloca-nos no centro do debate no processo de desenvolvimento mundial.

Sérgio Mendonça concluiu que o Brasil, juntamente com Rússia, Índia e China constituirão uma nova geopolítica colaborando no processo de desenvolvimento apoiado na preservação do meio ambiente e que seja totalmente inclusivo do ponto de vista social.

“As janelas estão abertas, vai depender de como vamos aproveitar esta situação e da revisão do modelo desenvolvimentista” – finalizou.